Torcicolo Congênito e Assimetria Craniana - Felipe

 Quando o Felipe nasceu, não notamos nada de diferente nele.

Quando estava com uns 2 meses, comecei a notar que a cabecinha dele estava "amassando" na parte de traz. 

Há alguns anos é indicado na maternidade que o bebê durma, principalmente a noite, de barriga para cima, para evitar engasgos e sufocamento. Depois de muito analisar, posso estar errada, mas cheguei a conclusão de que é mais prejudicial do que benéfico essa prática. Se a criança engasgar, acho até mais fácil sufocar de barriga pra cima (sentimos isso com as azias da gravidez), mas enfim, achei que poderia ser da posição que ele dormia, apesar de o Dudu sempre dormir de barriga pra cima e ter a cabeça simétrica. 

Os antigos falam que temos de revezar e deitar a criança de lado para não "amassar" a cabeça. Tentei revezar, mas ele sempre voltava pra mesma posição.

Falei com a pediatra, (que na época era do SUS, porém muito boa), e ela me disse que era normal, que quando ele começasse a sentar iria melhorar bastante. De 5 para 6 meses ele passou a ter convênio e na primeira consulta o médico já informou que não era normal, que poderia afetar a face e que ele precisava passar com a neurologista para avaliação (nessa fase já estava fazendo "um buraco" na parte de tras da cabecinha dele).

Foi um baque para nós e comecei a pesquisar. Vi que a assimetria tem tratamento e que é necessário usar capacete. Pesquisei sobre o capacete e ele é usado de 4 à 5 meses, é produzido exclusivamente para cada pessoa e tem o custo de R$6.000,00 na AACD, que é o lugar mais barato. Depois de mais pesquisas, vi em um site um doutor falando que também era possível corrigir muita coisa com fisioterapia, que só em casos muito extremos usavam capacete ou faziam cirurgia. Fiquei mais tranquila e esperamos a consulta com a neurologista.

Quando passamos na neurologista, já em dezembro, ela disse que o desenvolvimento dele estava normal para a idade e que ninguém tem a cabeça totalmente simétrica, que é mais estética mesmo e que se quisessemos ela poderia encaminhar para cirurgia. 

Na minha humilde opinião, o desenvolvimento dele não estava adequado, pois ele não conseguia nem fazer a esfinge (levantar o pescoço estando de bruços) e ele já estava com 8 para 9 meses. Nós percebiamos que ele queria levantar a cabeça, queria tentar engatinhar, mas não conseguia e a falta de equilibrio é um dos sintomas da assimetria craniana. Falei pra ela que me disseram que fisioterapia ajudava e que eu queria um encaminhamento para avaliação. Ela disse que não tinha necessidade, mas encaminhou.

Continua aqui.








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