Crises de Depressão

Imagens de um lugar que gosto, só para não ficar sem capa

Eu já não estava muito bem por conta de algumas coisas que aconteceram quando o Eduardo nasceu e voltando para a empresa tudo piorou. Começou a me dar muitas crises. Eu chorava sem parar "do nada" e precisava fazer tratamento psicológico, mas como de certa forma ainda estavamos em pandemia e muita gente desenvolveu sindromes nos períodos de confinamento, não tinha vagas nas clinicas. 

Com a indicação de um amigo, consegui a muito custo marcar uma consulta e iniciar o tratamento com a psicóloga Tânia. Depois de muitos exercícios, ela me deu o diagnóstico de depressão por conta do trabalho, que foi agravado pelas coisas que aconteceram com a família do meu marido durante o nascimento do Eduardo (nessa época, mais especificamente com a mãe dele).

Eu voltei a trabalhar no dia 29/07/2021 e só consegui começar o tratamento em Novembro de 2021.

Fui seguindo as orientações da psicóloga, mas não estava funcionando muito.

As coisas só pioravam na empresa. Eu já tinha cortado vínculos pela primeira vez com a família do meu marido, mas continuava tendo crises de choro.

Eu não consegui me concentrar direito para fazer o aniversário e o batizado do Eduado, devido à tristeza e sensação de inferioridade que eu sentia.

Até que, graças a Deus, no dia 01/04/2022, fui demitida às 07:00 da manhã. O alívio foi imediato!!! Logo em seguida já comecei a sentir que tudo ficaria bem. Tive alta no final de junho de 2022.

O aniversário de 1 aninho do Eduardo já havia passado, mas eu não consegui pensar em mais nada e nem fazer o que pretendia para o batismo (que foi dia 24/04) por estar me adaptando a nova rotina, de ficar o tempo todo e sem rede de apoio com um bebê que estava engatinhando e tentando começar a andar, mas o meu emocional já estava bem melhor.

Fiquei desempregada até 26/06/2022 e nesse período as vezes me dava arrependimento, pois eu tinha alguns planos no qual eu precisava de dinheiro e convênio médico, mas não me arrependia de não ter que conviver com algumas pessoas abusivas daquele lugar.

Esse primeiro emprego tinha convênio e tudo certinho, mas eu não estava gostando do trabalho e do lugar, até que no dia 18/10/2022 fui demitida! Fiquei muito triste e desesperada, pois eu precisava do salário e dos benefícios.

Um amigo muito querido ficou sabendo que eu estava desempregada novamente e me mandou mensagem no dia 19/10/2022, falando que havia visto uma vaga que eu me enquadrava. Me passou as informações, fui atrás e consegui o e-mail do RH. No dia 20/10/2022 entraram em contato comigo. Fiz entrevista nos dias 23 e 24/10 e fui contratada. Comecei a trabalhar no dia 31/10 e estou na empresa até hoje (tenho 2 anos e meio aqui). O detalhe mais curioso é que a vaga já havia sido preenchida, mas preferiram ficar comigo, pois eu trabalhei quase 8 anos na concorrente.

O que aprendi com isso?

1 - Não fique em um lugar que não está te fazendo bem! Não dê poder aos outros de te desequilibrarem e se mesmo assim não der certo, mude de emprego;

2 - Não tenha contato com pessoas abusivas, só porque fazem parte da família sanguínea de alguém. 

A psicóloga me falou uma coisa que tem todo sentido: "Se a pessoa não foi uma boa mãe, não espere que seja uma boa avó, piorou uma boa sogra".

Meu marido e a irmã dele nunca fizeram nada comum às crianças: ir brincar em parquinhos ou qualquer outro lugar, ir passear, ter um bolo de aniversário, ir em festinhas dos amigos, fazer lição de casa juntos, ir com a mãe para a escola...

Eu tentei dar uma chance, mas ela tornou a ser abusiva. Na primeira vez se aproveitou da minha fragilidade do momento. Na segunda, tentou e não conseguiu, mas fez coisas com o meu filho mais velho (o mesmo que sofreu quando nasceu) que eu só descobri depois e me fez tomar a decisão de me afastar e não deixar meus filhos perto. Prefiro que eles cresçam longe da avó e da tia do que com traumas desnecessários. Nenhuma das duas fez a mínima questão de procurá-los desde então (o Felipe tinha 3 meses. Na data de hoje faz 10 meses que cortamos contato) e não foram convidadas para a festa de aniversário deles (Eduardo fez 4 anos e Felipe 1 aninho). 

Foi a melhor decisão tomada e provavelmente terei de fazer terapia de novo, rs. 

Ontem li algo sobre não falar a respeito do que nos revolta. Gastar nossa energia com outras coisas que nos traga algo benéfico, pois assim, com o tempo o sentimento ruim vai se decipando e quando percebemos, não sentimos mais nada. Nesse caso é complicado, pois todo mundo fica perguntando: "Ué, cada a tia?" "Nossa, eles não tem avó?". (pelas atitudes que elas tiveram, era melhor não ter mesmo, rs). 

Sei que quando eles crescerem nem vão ligar pra isso. Elas serão estranhas para eles e o amor que faltou delas sobrou de outras pessoas, mas como eu cresci em uma família totalmente diferente, pra mim tudo isso é muito absurdo. Era mais fácil elas já falarem que não gostam de crianças e pronto (elas não gostam de pessoas, na verdade). Sei também que já era pra eu saber disso, pois as conheço há quase 15 anos, mas eu me iludi, rs. 

Bom, se Deus quiser, logo eu vou me livrar disso e a vida vai seguir sem rancores. Estou estudando e tentando mudar a sintonia dos meus pensamentos para isso. Só vou deixar registrado, pois isso fez parte da minha história.


Beijos e até mais!!!









Comentários